“Nós falamos demais,
amamos raramente,
odiamos frequentemente.
Nós bebemos demais,
gastamos sem critérios.
Dirigimos rápido demais,
ficamos acordados até muito mais tarde,
acordamos muito cansados,
lemos muito pouco,
assistimos TV demais,
perdemos tempo demais em relações virtuais,
e raramente estamos com Deus.
Multiplicamos nossos bens,
mas reduzimos nossos valores.
Aprendemos a sobreviver mas não a viver;
adicionamos anos à nossa vida
e não vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua,
mas temos dificuldade em cruzar a rua
e encontrar um novo vizinho.
Conquistamos o espaço,
mas não o nosso próprio.
Fizemos muitas coisas maiores,
mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o ar,
mas poluímos a alma;
dominamos o átomo,
mas não nosso preconceito;
escrevemos mais,
mas aprendemos menos
planeamos mais,
mas realizamos menos.
Aprendemos a nos apressar
e não, a esperar.
Construímos mais computadores
para armazenar mais informação,
produzir mais cópias do que nunca,
mas nos comunicamos cada vez menos.
Estamos na era do ‘fast-food’
e da digestão lenta;
homem grande, de carácter pequeno;
lucros acentuados e relações vazias.
Essa é a era de dois empregos,
vários divórcios,
casas chiques e lares despedaçados.
Essa é a era das viagens rápidas,
fraldas e moral descartáveis,
das rapidinhas,
dos cérebros ocos e das pílulas ‘mágicas’.
Um momento de muita coisa na vitrina e
muito pouco na dispensa.
Lembre-se de passar tempo com as
pessoas que ama,
pois elas não estarão aqui para sempre.
Lembre-se dar um abraço carinhoso
em seus pais
num amigo,
pois não lhe custa um centavo sequer.
Lembre-se de dizer
“eu te amo” à sua companheira(o) e
às pessoas que ama,
mas, em primeiro lugar,
se ame.
Um beijo e um abraço curam a dor,
quando vêm de lá de dentro.
Por isso, valorize sua família,
seus amores,
seus amigos,
a pessoa que lhe ama,
aquelas que estão sempre ao seu lado.
( George Denis Patrick Carlin (Nova Iorque, 12 de maio de 1937 — 22 de junho de 2008) foi um comediante, ator e autor norte-americano, pioneiro, com Lenny Bruce, no humor de crítica social. A sua mais polémica rotina chamava-se “Sete Palavras que não se podem dizer em Televisão”, o que lhe causou, durante os anos setenta, vários dissabores, acabando preso em inúmeras vezes que levou o texto a palco.)
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